tens a idéia. Pois bem: trabalha na obra-prima!
E, antes de começar, num sublime transporte,
aguarda a inspiração, que baixa lá de cima...
Depois te quero ver, mais duro que Mavorte,
batendo com o martelo e rilhando com a lima!
E, talhado de rijo, em soberbo recorte,
gire o verso, a cantar, no eixo de ouro da rima...
E que um dia nos venha, extraordinário amigo,
um soneto que vibre, entre clarões dispersos,
levantando o rumor de um campanário antigo...
E, no sumo apogeu das formas desejadas,
grite pelo metal dos seus quatorze versos,
relampagueando ao sol, como quatorze espadas!"
Batista Cepellos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário